O indiano Srinivasa Ramanujan nasceu a 22 de dezembro de1887...

Srinivasa Ramanujan foi um matemático que nasceu na India, em Erode a 22 de dezembro de 1887, uma pequena localidade da Ásia Meridional. 

Aos cinco anos entra na escola e coleciona admiradores com a sua invulgar inteligência. Ganha uma bolsa que lhe permite a entrada no Liceu de Kumbakonam, onde desperta a atenção dos colegas e dos seus mestres. Ramanujan recitava aos seus colegas de escola os algarismos decimais do número pi. Com 12 anos já era apaixonado por trigonometria. Na adolescência começou a estudar sozinho séries aritméticas e geométricas calculando soluções de polinómios de terceiro e quarto grau. Com 15 anos foi brindado com uma inusitada prenda. Fala-se que lhe ofereceram um livro com mais de 6 mil teoremas, todos sem demonstração. Terá sido essa a sua formação básica.  

Entre 1903 e 1907 tomou uma decisão corajosa e drástica que mudaria toda a sua vida.  Parou com tudo o que achava supérfluo na sua vida dedicando todo o tempo a investigar e a pensar matemática. Em 1912, instado por companheiros e amigos, decidiu partilhar os resultados obtidos com 3 notáveis matemáticos da época. Apenas o inglês Godfrey Hardy (considerado o mais promissor matemático) lhe terá respondido. Numa noite em que Hardy estaria com tempo e após ter recebido uma carta de Ramanujan, por uma qualquer razão o inglês dedicou algum do seu precioso tempo a ler a missiva de um matemático desconhecido do panorama internacional. Tentado a deitá-la fora, decidiu, sentar-se com o seu amigo Jonh Littlewood para a ler. Em bom tempo o fez. Puseram-se a decifrar 120 fórmulas e teoremas fabulosos que tinham recebido deste senhor desconhecido da India. Algumas horas bastaram para se aperceberem que estavam diante de um pequeno génio…da matemática.  

Hardy ficou tão impressionado que decidiu divulgar e tornar pública a sua própria escala de valores que definisse o que era um génio matemático.  Ramanujan era o líder desta lista destacado com 100 pontos, David Hilbert com 80 pontos seguia no segundo lugar, 30 para o seu amigo Littlewood e 25 para ele próprio. Chegou mesmo a comentar algumas das fórmulas enviadas e descobertas por Ramanujan quando com humildade referiu, "era forçoso que fossem verdadeiras, porque se não fossem ninguém poderia ter tido tanta imaginação para poder inventá-las".  

Em 1914, Hardy convida Ramanujan para trabalhar consigo em Inglaterra, sendo o primeiro indiano a ser admitido na Royal Society de Londres e no Trinity College.

Lamentavelmente, 3 anos após a sua chegada à capital inglesa viria a morrer, não resistindo a uma indómita e fulminante tuberculose.