Episódio III por Gonçalo F. Gouveia - Dia 11
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Episódio IV por José Carlos Santos - Dia 16
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Episódio V por José Veiga de Faria - Dia 21
De repente o autocarro parou.
Saio meio aturdido, sentindo o olhar de desprezo e comiseração do motorista atrás de mim. Mas a aragem fresca do rio refresca-me os neurónios!
A estação de Cacilheiros lança sobre a Praça a habitual multidão de gente que vem da margem Sul para mais um dia de trabalho.
Vejo um vulto que se destaca: uma senhora, ao longe, elegantemente vestida, chapéu de aba larga, diria que vai para um casamento… e, de repente, numa avalanche de associações e recordações começa a névoa a desaparecer. Aproximo-me para ter a certeza e confirma-se: a minha sogra! Estende-me os braços. Não sei se está entusiasmada por me ver ou com vontade de me estrangular pelo meu aspecto.
Mas sim agora recordo: é o dia do casamento da mãe dela! De manhã, ainda no mundo dos sonhos, devo ter sido impelido a vestir a bata quando me lembrei do seu estado de saúde. Era uma senhora com um enorme coração: eu adorava-a.
- Francisco apresento-te o noivo da minha mãe – atira, não sei em que estado de espírito, a mãe da minha cara metade.
O meu espanto é total: volto a perder o contacto com a realidade…
Episódio VI por Paulo Correia - Dia 26
FIM