Ler aqui.
Episódio III por Sílvio Gama - Dia 12
Ler aqui.
Episódio IV por Carlos Marinho - Dia 18
Ler aqui.
Episódio V por Gonçalo F. Gouveia - Dia 24
Mais para contrariar a mulher que por qualquer razão razoável – como acontece desde a noite dos tempos – Jorge embarcou na empresa inglória de tentar mover a arca frigorífica. Muniu-se da chave de porcas do carro e usava-a como alavanca sob o olhar cortante de Renata que se lhe espetava na nuca e doía mais que tentar levantar o trambolho.
– Vou chamar o 112, se vejo um homem esmagado nunca mais recupero! Disse por fim, irritada com os seus esforços inúteis.
– E dizer-lhes o quê?! Que um viajante do tempo foi espalmado por um eletrodoméstico aerotransportado? Replicou ele a bufar.
Renata ficou suspensa, os polegares datilógrafos imóveis. De facto… iam pensar que estava doida, e este pensamento descansou-lhe de imediato a consciência e acicatou-lhe o pragmatismo.
– O que achas que está dentro da arca? E estendeu a mão para abrir a porta.
Não o teria feito se soubesse que, minutos antes, o capacitador de fluxo do viajante previra que um objeto o ameaçava a alta velocidade e, automaticamente, o transportara para uns instantes atrás, sensivelmente no mesmo local mas a maior altitude, infelizmente diretamente para dentro de uma arca frigorífica no porão de um avião que acontecia passar pelo local.
FIM