Contos de 3º Grau por José Carlos Santos - A App Mimi (Parte 5)

Contos de 3º Grau - História 25

Contos de 3º Grau por José Carlos Santos - A App Mimi (Parte 5)

Contos de 3º Grau - História 25

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Título: A App Mimi


   


Episódio I por Sílvio Gama - Dia 1


O Zé Maria não cabia em si de contente. Graças àqueles longos 27 meses e meio de trabalho e mais de 30 mil linhas de código em java, perl, python, prolog e kotlin acabava de nascer a App Mimi.     

Após instalação em qualquer smartphone, Mimi é capaz de recolher toda a informação possível de se obter da net, devidamente documentada com os links das fontes, bastando, para isso, escrever somente o nome da pessoa alvo e algumas palavras-chave sobre o que se pretende saber.    

- Hum..., pensa Zé Maria em voz alta, o que é que obterei escrevendo  

                                                            

                                                   > &Trump#3#clima+alterações+Moscovo#&search...


Episódio II por Carlos Marinho - Dia 6


Quando estava para clicar na tecla Enter, o seu gato Mimi aburguesado, felpudo e pesado que nem chumbo passou por cima da sua mesa de trabalho virando a caneca de chocolate quente por cima do seu valioso e único computador. 

Nos instantes seguintes não sabia se devia limpar os estragos, com aquele liquido viscoso a entrar por entre as teclas brancas, se devia perseguir o seu adorado gato ou se devia chorar pelo leite derramado...


Episódio III por Gonçalo F. Gouveia - Dia 11


O ecrã do computador tomou a decisão por ele: num ritmo vertiginoso debitava colunas intermináveis de dados, cintilando ao ritmo hipnótico de uma avalancha de nomes, números, gráficos, esquemas e imagens. Quando aquele jorro bíblico de informação finalmente cessou, o quarto levou algum tempo a parar de girar dentro na cabeça de Zé Maria e o gato de girar enlouquecido pelo quarto. O informático arriscou-se a olhar mais perto os dados agora plasmados por todo o ecrã. Assombrado, percebeu instantaneamente para o que estava a olhar: a sua app perfurara a firewall da CIA de um só golpe, e levara-o direito ao coração do arquivo principal.


Episódio IV por José Carlos Pereira - Dia 16


Foi invadido por um misto de surpresa e de medo!

O código que escrevera não era suposto fazer aquilo. É um código intricado, mas totalmente inocente, cujo objectivo era apenas o de simplificar a vida dos internautas. Daí a surpresa. 

O medo que sentia resumia-se numa sigla: CIA! Quando descobrissem que o seu sistema tinha sido penetrado, mesmo que de forma inadvertida, iriam investigar e iriam descobri-lo.

O que fazer? Eliminar o código? Mudar de casa, de país? Não estava a conseguir pensar naquele momento.

“Mimi, o que foste fazer seu destravado?!”

De repente Zé Maria vê o seu gato a eriçar o seu pêlo e arreganhar os dentes. Alguns segundos depois alguém bate com força à porta do seu pequeno apartamento.   


Episódio V por José Carlos Santos - Dia 21


O Zé Maria ficou sem saber o que fazer. Mas acalmou o suficiente para pensar que não era fisicamente possível já ser alguém enviado pela CIA a bater-lhe à porta. Foi ver quem era (após ter ouvido mais umas quantas pancadas fortes na porta) e era somente o administrador do condomínio que lhe vinha falar de um problema ligado ao elevador do prédio. O Zé Maria, sem conseguir concentrar-se no que ouvia, foi dizendo que sim a tudo a, assim que conseguiu, fechou a porta a voltou para junto do computador.
E o que é que este mostrava? Bom, o Zé Maria tinha feito uma busca que envolvia as palavras Trump e Moscovo. E agora estava a ver à frente dos seus olhos o material em posse da CIA relativo a este assunto. E que material! Mas que é que havia de fazer? Não duvidava de que iria ser apanhado. Só que ainda havia tempo de enviar os documentos, filmes e gravações audio a alguém. Mas a quem?

        

Episódio VI por José Veiga de Faria - Dia 26

FIM 


Publicado/editado: 22/02/2018