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João Fernando Ramos nasceu na Lousã há 46 anos. Jornalista da RTP, coordenador de uma equipa fabulosa do Jornal da Tarde tem a missão diária de levar a milhões de portugueses as melhores notícias com a qualidade da televisão pública. Numa altura que se fala muito de serviço público, a RTP é tudo e faz parte do todo, como disse Pitágoras em relação à matemática "Tudo são números". A RTP representa uma parte do mundo onde se movimentam pessoas, vidas, emoções, histórias, recordações que não se apagam onde ninguém pode ser indiferente. A preto e branco ou a cores a memória do passado da RTP estará sempre presente no futuro de todos nós.
Hoje a notícia de abertura é a entrevista com João Fernando Ramos...
O que nos pode contar da sua infância?
Foi uma infância feliz, numa vila linda chamada Lousã. A escola estava sempre presente. Sou filho de dois professores do ensino básico que sempre me souberam ensinar a importância da matemática.
Gostava de matemática na escola? Que conteúdos matemáticos mais gostava?
Não é a minha disciplina favorita.
Lembra-se de algum momento especial que a matemática o tenha marcado?
As duras lições de tabuada, que tínhamos que saber de cor e salteada, sem ajuda de máquinas…
Já explicou matemática aos seus filhos em casa?
Sim. Faz parte da vida de pai estudar em conjunto com os filhos, mas essa tarefa é mais desempenhada pela mãe, quando se trata de matemática. Eu ensino letras e disciplinas mais técnicas ligadas à informática.
É um pai atento à educação em geral/matemática dos seus filhos?
Sou. É fundamental percebermos as dificuldades para rapidamente se encontrarem soluções.
Lembra-se como e quando equacionou ser jornalista?
Logo desde pequenino quando fazia relatos de jogos de Rugby da janela do meu quarto.
Coordena e apresenta o Jornal da Tarde. É uma grande responsabilidade pilotar este bólide (Jornal da Tarde)?
É uma responsabilidade enorme que partilho com uma equipa fabulosa. Em televisão nada valemos se não fizermos parte de um grupo de trabalho dedicado e competente.
Conte-nos 24 horas de um dos seus dias mais problemáticos ao nível do trabalho...
Os meus dias começam cedo, com as notícias das rádios, o apoio as filhos na ida para a escola e a chegada à RTP por volta das sete e meia da manhã. Depois a preparação do Jornal e as tarefas de gestão e organização da redação. O regresso a casa é só ao fim da tarde, muitas vezes para atender umas dezenas de telefonemas até à hora de dormir.
Existe um ramo da matemática recente (apenas 400 anos) que é estatística que o João e a sua equipa analisam diariamente…
Sim. Medimos o desempenho do nosso trabalho recorrendo a ferramentas da estatística. Temos que comparar, perceber onde estamos mais fracos para nos renovarmos fortalecendo cada momento do nosso trabalho.
É apaixonado por automobilismo. Ganhou o jornalismo e/ou perdeu-se um bom piloto?
Sou um piloto amador, dedicado, mas amador. Sou jornalista por paixão e opção.
Para um jornalista que gosta de pilotar cobrir o Lisboa-Dakar deve ser experiência única?
Sem dúvida. Foi uma experiência gratificante, mas muito dura. Espero voltar ao Dakar quando ele regressar a África, mas agora como piloto.
A RTP contínua a ser um pilar e uma referência no nosso País?
É um pilar fundamental na regulação de um sector sensível. Sem um serviço público interveniente e com audiência a qualidade da democracia pode deteriorar-se. O que aconteceu recentemente em Inglaterra, com Jornais envolvidos em esquemas de escutas ilegais e compra de fontes é um alerta sério. Sem a BBC esse caso nunca teria sido denunciado porque os interesses económicos envolvidos nunca o permitiriam.
A RTP é serviço público e a matemática é…
A base que nos permite avançar. Um mais um, mais um, mais um…temos que saber somar.
A RTP é e será…
Uma grande escola, que espero que se saiba reformar e reforçar.