Episódio I por Paulo Correia - Dia 1
Episódio IV por Gonçalo F. Gouveia - Dia 16
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- Esta foi demais! disse o Antero enquanto Tomás e a mulher não paravam de rir.
Antero era um reputado inspetor da Judiciária que vivia no mesmo prédio que eles e de quem eram amigos há anos. Parece que também tinha andado na peugada dos pais da Maggie…
De repente Tomás sentiu um nó na garganta: esta brincadeira que ele começara no Facebook, sem medir as consequências, estava a ir longe demais.
- Temos que por cobro a isto, disse; eles devem estar em pânico e não tarda muito temos o 112 a bater à porta e um processo por uso abusivo de serviço publico.
- Tens razão, disse a mulher, mas não sem darmos um toque final. Antero tens aí o teu carro de serviço?
- Claro e estou a perceber. Vamos descer rápido.
Em casa do Luís a consternação era total.
- Que desgraça! dizia o Luís lívido, enquanto o Zéca amparava a Jetsun a quem uma lágrima já caía do canto do olho.
De repente ouviram uma sirene e pareceu-lhes entrever flashes azuis através da janela. Ficaram imóveis uns segundos até que três fortes pancadas foram vibradas na porta de entrada.
- Judiciária, abram por favor.
O Zéca avançou e entreabriu a medo logo ficando estarrecido quando viu o crachá que o Antero lhe mostrava.
- O seu telemóvel é o 911 922 933? perguntou o Antero.
- É sim… balbuciou o Zéca quase a desfalecer.
Passados uns segundos de silêncio aterrador entraram de rompante e alegres a Maria e o Tomás, este, que tinha ganho a lotaria, sentia a consciência finalmente aliviada.
- Basta de sustos, disse a Maria. Vamos oferecer-te a ti, ao Luís e à Jetsun uma viagem ao Butão; isto ao mesmo tempo que exibia uma folha A4 onde tinha escrito à pressa:
FIM