Integrando por José Veiga de Faria


 


Neste espaço propomo-nos disponibilizar pequenos artigos que forneçam um complemento de formação aos alunos do secundário para que entrem no Ensino Superior mais preparados/motivados  na área da Matemática, ou artigos que sejam uma reflexão (que poderá aparecer sob a forma de entrevista) sobre o ensino da Matemática ou a vida nas escolas ou o papel que estas desempenham no desenvolvimento do País sempre com o objectivo de ajudar a integrar o aluno com a sua formação matemática, o aluno com os professores, ambos com a Escola e esta com o País.

 José Veiga de Faria - Professor de Matemática 


 

Artigo de Janeiro


Título: “Introdução à rubrica"

 

"Diferenciar qualquer merceeiro deriva, integrar só quem tiver espírito matemático”

Gomes Teixeira


Frase do grande matemático Gomes Teixeira que me foi referida pelo meu avô materno que tinha sido seu aluno.


Suponha que era um habitante de outro planeta que tinha sido visitado por terrestres que lá tinham deixado um relógio despertador!

Ia, com certeza, achá-lo um objecto muito estranho.

Se quisesse perceber como funcionava ia de certo analisá-lo: decompô-lo nos seus elementos.

Ficava a saber porque é que o relógio funcionava daquela maneira. Isto permitia-lhe adquirir Conhecimento.

Mas não respondia à pergunta: para que serve este instrumento.

Para responder a esta pergunta teria de inseri-lo num sistema mais vasto, neste caso, na vida dos humanos civilizados. Ao entender o papel que o despertador desempenha no seu dia-a-dia estava em condições de saber para que fim tinha sido concebido: tinha adquirido Sabedoria.

Nesta rubrica, ao pesquisar de que forma podemos dar um contributo para o melhor funcionamento de um sistema ligado ao ensino da Matemática, vamos ter a preocupação de nos colocar no ângulo do “para quê”.

Estamos convencidos que por não se apreciarem as questões por este prisma se concebem sistemas que funcionam de forma desajustada ao objectivo que era suposto cumprirem o que acaba por se traduzir num grande desperdício de recursos.

Damos alguns exemplos:

- Quantos alunos perdem anos da sua vida reprovando repetidas vezes, incomodando professores e colegas com comportamentos desestabilizadores, porque não estão num curso correspondente à sua vocação/capacidade?

- Quantos alunos são prejudicados fortemente por chegarem ao Ensino Superior com lacunas graves na sua formação de base?

- Quantos cursos levam os alunos a lado nenhum porque os preparam par tarefas de que a sociedade não precisa?

O que vamos tentar fazer é aproveitar o pouco que aprendemos ao longo dos anos para tentar dar um modesto contributo para ajudar a resolver alguns destes problemas.

Começamos no próximo mês com um artigo sobre cónicas na linha do que vinha fazendo o Prof. Filipe Oliveira.

E agradecemos toda a colaboração: transmitam-nos ideias, experiências ou sugestões.



Todos os dias 29 de cada mês:


Artigo de Janeiro por José Veiga de Faria "Introdução"   

 

  


 

Publicado/editado: 29/01/2012