Congresso "Synuclein Meeting 2019: Onde estamos e para onde precisamos ir"

Notícias Clube SPM

Portugal está em muitas áreas a par do que se faz de melhor na europa e no mundo. No desporto, na educação, na economia, na saúde e áreas afins. De 1 a 4 de setembro de 2019, na região do Porto (Ofir), realizou-se o Synuclein Meeting, o maior congresso internacional das neurociências. O "Synuclein Meeting 2019: Onde estamos e para onde precisamos ir" seguiu uma tradição de 12 anos de encontros bienais no campo da sinucleína, uma proteína fulcral na doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas organizado por Tiago Fleming Outeiro, natural de Matosinhos e diretor do Centro de Investigação da Universidade de Goettingen, na Alemanha e Tiago Mestre, do departamento de Medicina da divisão de neurologia da Universidade de Ottawa. Este congresso contou com a presença e participação do matemático Carlos Marinho, na qualidade de coordenador geral do clube de matemática da spm. Por se tratar de uma área científica que tem tudo a ver com a matemática, os quatro dias do evento foram acompanhados pelo clube spm. 

Neste congresso estiveram os melhores especialistas da atualidade oriundos de toda a parte do mundo da academia e da indústria farmacêutica onde expuseram todo o seu conhecimento neste domínio. Descobrir algo que permita melhorar a qualidade de vida e curar os doentes foi o objetivo principal. Daí, a importância deste encontro. Esteve também presente a fundação Michael J. Fox, que já investiu nesta área centenas de milhões de dólares.
A Doença de Parkinson afeta em Portugal cerca de 18 000 pessoas. Por seu lado, a Doença de Alzheimer apresenta números mais catastróficos, afeta atualmente cerca de 100 000 pessoas em Portugal. Em todo o mundo são muitos milhões. Figuras mundiais tiveram estas doenças, os casos do Papa João Paulo II, o ator Michael J. Fox, Ronald Reagan, Yasser Arafat, Mohammad Ali, entre outros.

Tiago Outeiro, Professor da Universidade de Goettingen da Alemanha, o chairman deste evento referiu que “atualmente, vivemos momentos empolgantes na investigação nesta área, com importantes estudos clínicos em andamento (e futuros) que trazem esperança aos pacientes com doença de Parkinson e às suas famílias. No entanto, ainda enfrentamos muitos desafios e precisamos abordar questões fundamentais para que o processo possa progredir para onde gostaríamos de estar”. 

Uma das figuras mundiais que teve a doença de Parkinson desde muito novo foi o ator Michael J. Fox que referiu quando soube que tinha a doença “no momento em que percebi que tinha Parkinson e, que não o podia evitar, comecei a olhar para as coisas que poderia mudar, ajudando na melhoria da investigação da doença”.

"Synuclein Meeting 2019: Onde estamos e para onde precisamos ir" um Congresso que fica no pensamento.

Por Carlos Marinho

Publicado/editado: 06/09/2019