Contos de 3º Grau por Carlos Marinho - Não Estamos sozinhos (Parte 3)

História 29

Título: Não estamos sozinhos…

Episódio I por Francisco Fernandes - Dia 1

  

A porta entreaberta da sala encheu de horror a alma de  Júlia.
Tudo o que ela mais prezava era o refúgio, a intimidade e a segurança. Por isso ordenava sempre para que os criados fechassem à chave todas as portas da velha mansão da família, uma mansão cuja idade se perdia nos anais da história, quase tão antiga quanto a própria família.
Mas naquele sábado os criados não estavam. Tinha-lhes dado folga. Os filhos não possuíam as chaves por isso, como poderia aquele porta que dava acesso à sala de fumo encontra-se entreaberta. 

Episódio II por José Veiga de Faria - Dia 7

Apurou o ouvido e ouviu ruídos vários e indistintos. Aproximou-se da abertura da porta, encostou o ouvido e zás… sentiu um vulto pequeno a deslizar rápido junto aos seus pés e viu uma enorme ratazana que corria como louca à frente de um gato com olhar fulminante que tropeçou nas suas pernas, deu uma cambalhota e continuou a corrida. 
Júlia sentiu suores frios, dobrou-se, levou as mãos em cruz ao peito e logo a seguir à cabeça.. Foi então que ouviu portas a bater, um cão passou por ela com um enorme frango na boca, ao mesmo tempo que uma voz de mulher gritava lá de dentro: 
-Oh! Pinto apanha-me esse bandido que os convivas estão a chegar e ficamos sem jantar!

Episódio III por Carlos Marinho - Dia 14

Era um dia especial. Os convidados estavam a chegar. Era preciso estar tudo em ordem. É verdade que a casa estava velha mas estava a ser remodelada, com andaimes e ferramentas por todo o lado. Mas o importante era o jogo. Iam estar reunidos famílias amigas para ver às 19 horas o Portugal - Espanha, neste Mundial da Rússia...
Um belo churrasco com um ecrã montado propositadamente cá fora. E o jogo começa. Três minutos, pénalti para Portugal. Ronaldo faz uma meia parábola para dentro da baliza, 1-0. E, de repente, falha a luz. O quê? Agora? Os cabos elétricos da casa de 1950 não aguentaram a emoção do golo do melhor do mundo. O mesmo é dizer... pum. Já era... 
Ficou tudo às escuras. Jorge, qual McGyver, armado em eletricista foi direto ao quadro elétrico da velha casa. Ao fim de uma hora e quarenta, fez-se luz. A ecrã ligou-se. O jogo, 3-2 para Espanha... com 87 minutos, Ronaldo vai marcar um livre à entrada da área. Jorge diz aos amigos:
- Ronaldo vai marcar. 
Jorge lembrou-se da música adpatada para a seleção nacional de Shawn Mendes "Eu vou acreditar!/Que vamos conseguir/Que vamos conquistar/Nós somos Portugal/Uma só voz/E um coração!"
Gritou: - Não estamos sozinhos... Pois, não! Somos 11 milhões a puxar. Temos Criatiano Ronaldo! 
É goooooo...lo do melhor do mundo. Mais uma meia parábola que "entalou" nuestros hermanos, bela. A matemática está lá: 3-3. 

Episódio IV por Gonçalo F. Gouveia - Dia 21

Episódio V por José Carlos Pereira - Dia  28

Publicado/editado: 16/06/2018