I Jornada Internacional de Divulgação de Ciência “Entre a Matemática e a Doença de Parkinson” - Balanço

Notícias Clube SPM

Realizou-se no dia 12 de abril na Escola Superior Educação Paula Frassinetti (ESEPF) a I Jornada Internacional de Divulgação de Ciência “Entre a Matemática e a Doença de Parkinson” que teve como base as doenças de Parkinson (Alzheimer e outras) que afetam um número significativo de pessoas em Portugal e no mundo. 

Daniela Gonçalves, coordenadora do departamento de formação de professores da ESEPF fez a introdução do debate entre Tiago Fleming Outeiro, diretor do Centro de investigação de Neuro Ciência da Universidade de Gottingen e Carlos Marinho, professor de matemática e coordenador do clube SPM. Por seu lado, Adília Gomes Marinho, professora de matemática; Margarida Quinta e Costa e Isilda Monteiro (ESEPF) fizeram parte da comissão organizativa e científica do evento. De realçar a presença da investigadora brasileira Josiana Barros da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Aproveitando o dia 11 de abril, em que foi comemorado o Dia Mundial da Doença de Parkinson, falou-se nesta jornada internacional de uma área onde, apesar de muitos avanços, o desconhecimento ainda domina. Mostrou-se que existe uma pequena luz ao fundo do túnel. Carlos Marinho apresentou números preocupantes e esmagadores onde o especialista Tiago Fleming Outeiro justificou e respondeu a tudo, sobre as doenças neurológicas que afetam milhões em todo o mundo. “Utilizando apenas operações simples da matemática, chegámos a conclusões preocupantes e devastadoras. Os números são irrefutáveis, preocupantes, e exigem ação” – referiu Carlos Marinho.

E continuou: “A Doença de Parkinson afeta em Portugal cerca de 18 000 pessoas. Por seu lado, a Doença de Alzheimer apresenta números mais catastróficos, afeta atualmente cerca de 100 000 pessoas em Portugal. Em todo o mundo são muitos milhões. Figuras mundiais tiveram estas doenças, os casos do Papa João Paulo II, o ator Michael J. Fox, Ronald Reagan, Yasser Arafat, Mohammad Ali, entre outros.”

Que investigações temos em curso? Como é que um português está num dos principais dos centros de investigação destas doenças da europa e do mundo? Que caminho falta percorrer? O que foi já descoberto? Teremos uma cura nos próximos anos? Que fatores de risco estão na génese destas doenças? Como tratar estas doenças? Podemos evitá-las? A alimentação é um fator de risco? Os maus hábitos, como fumar terão influência decisiva no aparecimento destas patologias? O que fazer para minimizar estes flagelos?

Todas estas perguntas foram respondidas por Tiago Fleming Outeiro. Referiu que “estas doenças são preocupantes e requerem uma investigação permanente, uma vez que são doenças na atualidade incuráveis, embora se possam diagnosticar e debelar o seu impacto na qualidade de vida das pessoas”. Adiantou que “dirige uma equipa de 18 elementos, de diversas nacionalidades, e com diferentes idades e, que é uma tarefa importante para a descoberta de novos impulsos sobre estas doenças.” Referiu ainda que “o que se sabe sobre estas doenças é ainda insuficiente para descobrir uma cura, um medicamento que resolva a doença”.

Uma das figuras mundiais que teve a doença de Parkinson desde muito novo foi o ator Michael J. Fox que referiu quando soube que tinha a doença “no momento em que percebi que tinha Parkinson e, que não o podia evitar, comecei a olhar para as coisas que poderia mudar, ajudando na melhoria da investigação da doença”.

Por fim, Carlos Marinho parafraseou o matemático francês René Descartes dizendo “um otimista consegue ver luz onde não existe luz, mas por que razão o pessimista corre para apagá-la?” Tiago Fleming Outeiro referiu que “é um otimista por natureza e que acredita no trabalho que está a desenvolver e, que consegue ver uma pequena luz que pode ser importante neste trabalho”.

Veja mais fotos da I Jornada Internacional de divulgação de ciência.

Publicado/editado: 17/04/2019