Tardes de Matemática Vila Real - Projeções climáticas: da modelação físico-matemática à avaliação dos correspondentes impactes

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Tardes de Matemática Vila Real - Projeções climáticas: da modelação físico-matemática à avaliação dos correspondentes impactes

Tardes da Matemática, pelas 14h30 em Vila Real, no Museu da Vila Velha com João A. Santos, Dep. Física, CITAB, UTAD. 

A definição holística de clima comporta todo o sistema Terra, i.e. todas as componentes que constituem o nosso planeta, desde a atmosfera, componente central, incluindo a hidrosfera, criosfera, biosfera e litosfera. Na verdade, todas estas componentes interagem entre si através de múltiplos processos de transferência de propriedades físico-químicas, numa vasta gama de escalas temporais e espaciais.

A radiação solar que chega ao topo da atmosfera constitui a fonte primária de energia e está sujeita a flutuações associadas à atividade solar e a alterações nos parâmetros orbitais da Terra. Esta radiação é refletida, difundida e absorvida por diferentes constituintes do sistema climático. Todavia, as atividades humanas têm reforçado este efeito de estufa natural, através da emissão de gases com efeito de estufa, conduzindo a um desequilíbrio energético do planeta, com repercussões, mais ou menos significativas, nas condições climáticas à escala global, regional e local.

Com efeito, o forçamento antropogénico tem-se manifestado em tendências positivas da temperatura. Ora, de acordo com diversas simulações climáticas, baseadas em modelos físico-matemáticos, estas tendências não podem ser explicadas por forçamentos naturais, tendo, portanto, uma causa predominantemente antropogénica. Dado que nas próximas décadas não é expectável uma inversão na tendência crescente das emissões, que, na melhor das hipóteses, poderá sofrer alguma estabilização na taxa de crescimento anual, o forçamento antropogénico continuará a intensificar-se. Por conseguinte, urge tomar medidas adequadas para a adaptação às previsíveis alterações climáticas futuras, bem como medidas de mitigação das emissões. Mecanismos como o mercado de carbono pretendem potenciar e promover práticas eco-inovadoras, mais sustentáveis, quer do ponto de vista ambiental, quer do desenvolvimento económico a médio e longo prazo. As alterações climáticas são uma realidade e estão para ficar.

Resta-nos analisar as projeções climáticas, avaliar os possíveis impactes nos diversos setores socioeconómicos e desenvolver medidas que permitam atenuar os impactes negativos. Serão apresentados alguns exemplos com aplicação aos sistemas agroflorestais portugueses.

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Publicado/editado: 05/07/2018