Segmentos por Carolina Santos

Évariste Galois foi um matemático francês, nascido em 1811 e precocemente falecido em 1832, ainda não tinha 21 anos de idade. Cresceu num período de grande agitação social e política, o que influenciou da forma mais negativa possível todo o seu percurso. Entusiasmado com a política desde os 4 anos, por influência do seu pai, ao entrar para a escola, soube imediatamente definir os seus interesses.

Apaixonado pela Matemática, teve que esperar até aos 16 anos para fazer o seu primeiro curso exclusivo.

Segundo os relatos históricos, os seus professores achavam-no louco por apenas se interessar por altos campos da matemática e, ainda por cima, era castigado, uma vez que pensavam que com isso perturbava os seus colegas.

Qual seria a reação dos professores de hoje perante um caso destes? Que apoio teria?

Galois, na sua tenra idade e no pouco tempo que pôde dispor à matemática resolveu um grande problema em aberto e criou um novo ramo na álgebra, a teoria de grupos. Esta é fundamental na física, onde é usada para descrever as simetrias que as suas leis devem obedecer.

Em tempos de provas de acesso "à docência", de avaliação de professores, que espaço lhes sobra para alunos como Galois? Será que lhes é possível formá-los com maior apoio e dar-lhes toda a atenção que requisitam? Que amparo é que este nosso Portugal lhes pode dar?...

Galois faleceu num duelo com um dos melhores atiradores de França, devido a um romance com uma donzela supostamente comprometida. Consciente das suas descobertas, passou a noite anterior ao duelo a escrever as suas teorias e cartas aos amigos para que enviassem os seus registos aos maiores matemáticos da Europa. 

As suas últimas palavras, para o irmão, foram "Não chores. Preciso de toda a minha coragem para morrer aos 20 anos..."

Coragem para os nossos professores...