Entrevista a Carolina Rocha – Jogadora de futsal da Novasemente e da Seleção Nacional

Clube Entrevista de dezembro de 2019

Carolina Rocha é a nossa entrevistada de dezembro de 2019. Uma das melhores jogadoras da atualidadede futsal, é jogadora da equipa Novasemente de da Selecção Nacional. Foi campeã olímpica pela seleção nacional na Argentina tendo sido um dos grandes destaques da competição. Para além da sua qualidade técnica, a sua maior qualidde é a hulmidade. Este é o passe certeiro de uma entrevista com golo, com  dribles entre a infância, a escola e as aulas de matemática. A família é o seu grande domínio e sua imagem de marca está ligada à matemática onde está no cinco inicial das palestras do clube spm. Fica o excelente  resultado da entrevista, que não sendo uma goleada é uma vitória (conversa) que vai agradar a todos de alguém que aos 20 anos é um exemplo de esforço e tenacidade para a juventude.

És de Leça da Palmeira, Matosinhos. Como foi “jogada” a tua infância?
Fui uma criança muito feliz. Vivi rodeada de família, amigos e muita bola. 

Lembras-te com que idade começaste a jogar futebol?
Comecei a jogar com amigos na escola, mas jogar mesmo a sério foi na Cohaemato e tinha 7 anos quando fiz o meu primeiro treino. 

És jogadora da equipa Novasemente, uma das duas grandes equipas em Portugal a par do Benfica. Como defines este clube e as tuas colegas?
O clube é fantástico. Tem condições incríveis, disponibilizam-se para tudo e garantem o nosso bem estar. O nível é exigente porque ambicionamos sempre o melhor e creio que não podia estar noutro clube. As minhas colegas são fantásticas e o meu maior pilar para continuar onde estou. Tudo faz sentido por ter quem tenho junto a mim. 

Como te defines como jogadora?
Essa é uma pergunta difícil. Gosto muito de encarar a minha adversária procurando situações de 1 para 1. Procuro muito driblar pela velocidade que é algo que me define. 

A tua família apoia-te na concretização deste sonho de jogares futsal?
Sim, a minha família é tudo para mim. A minha mãe principalmente que é a razão e motivação de tudo. Toda a família no geral e amigos também são um suporte muito grande e apoiam-me incondicionalmente. 

Estás no primeiro ano na Escola Superior de Educação. O que estudas?
Estou a estudar Educação Social e está a ser uma experiência fantástica. Há muito tempo que ambicionava ingressar no Ensino Superior, finalmente aconteceu e não podia estar mais feliz. 

O teu número da camisola é.... porquê?
O meu número da camisola é o 15 mas o meu número de eleição é o 5. Escolhi o 15 no primeiro ano em que vim para o feminino, em 2015, e escolhi o 15 por ter um 5 e por eu e a minha mãe fazermos anos dia 15. 

Como foi ganhar os Jogos Olímpicos da Juventude, na Argentina?
Os Jogos Olímpicos da Juventude foi a minha maior conquista até hoje. Foi a melhor experiência que já vivi no futsal. Não tenho palavras para descrever toda a experiência e já se passou um ano. São momentos como o que vivi dia 17 de Outubro que me fazem querer mais e ambicionar sempre mais. 

Como foi a experiência global na Argentina?
A experiência foi única. Vivemos momentos muito difíceis desde a enorme diferença climática, a alimentação, as deslocações para os treinos e jogos e tudo isto misturado com a enorme saudade que sentíamos dos nossos, foi difícil de se gerir, mas foi um bom teste o qual passamos graças à enorme união e espírito de sacrifício que tivemos naquelas semanas. Tirando tudo isto, foi uma experiência única como disse, estávamos a viver um sonho, dia após dia vivenciávamos momentos únicos, a diversidade de culturas e tradições presentes era algo nunca antes vivido por nenhuma de nós e isso fascinou-nos. Partilhamos inúmeros momentos com outros atletas e vivemos como equipa momentos igualmente fantásticos. 

Tens participado em muitos eventos matemáticos em diversas escolas com o coordenador do clube Carlos Marinho. Como tem sido essa experiência?
A participação nos eventos do Professor Carlos Marinho tem sido fantástica. Nunca tinha participado em nada do género e já estive presente em mais do que um evento em que o tema era o mesmo e os eventos superavam-se uns aos outros. Em cada participação recebia bem mais do que dava e isso é ótimo, a troca é mútua mas a aprendizagem supera tudo. Fico muito agradecida pela oportunidade de ser integrada nestes eventos que só me têm enriquecido em vários aspetos. 

Gostas de matemática?
Gosto muito de Matemática, sempre gostei. Tive uma professora fantástica no básico que me conseguiu motivar para as enormes dificuldades que apareçam no secundário em relação a essa disciplina que é um bicho de sete cabeças para uns, mas uma enorme aventura para todos. 

Curiosamente, um dos teus nomes do meio é “Taboada”, com “o”. Já agora sabes a tabuada de cor e salteado?
Essa piada foi uma piada bastante presente na minha infância :D E sim, sei!!! 

O matemático Alfred Rényi disse um dia que "quando estou infeliz trabalho matemática para ficar feliz. Quando estou feliz, trabalho matemática para me manter feliz". O que fazes para ser feliz e te manteres feliz?
Para ser feliz jogo futsal porque é na quadra que me perco e que me encontro. O futsal deu-me as melhores pessoas que tenho na minha vida e faz-me crescer todos os dias com as várias lições que me vai dando. Sou imensamente feliz por ter esta modalidade na minha vida. 

Obrigada Clube SPM! 

Entrevista por Carlos Marinho

Publicado/editado: 01/12/2019