O fantástico em Contos de 3º Grau - Hollywood...

Por Filipe Oliveira - 3ª Parte

Contos de 3º Grau por Filipe Oliveira - Hollywood (13ª episódio)

Clube SPM - 3ª Parte

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     1ºCarlos Marinho    2ºJosé C. Santos     3ºFilipe Oliveira     4ª José V. de Faria   5ª Sílvio Gama  6º Paulo Correia

   

Título: Hollywood...     

      

1ª Parte por Carlos Marinho - Dia 1

 

Peter Michael Kerkman acaba de chegar a casa. Uma mansão de alguns milhões de dólares recebe-o entre alarmes, segurança, silêncios e uma falta de privacidade que o incomodava muito. Entrou pela porta principal, com a estatueta dourada ganha minutos antes na cerimónia dos Óscares. Não percebia como em poucos meses se tornara uma figura conhecida mundialmente. Afinal, só tinha feito um filme. De repente, aos 21 anos viu a sua conta bancária engordar de uma forma indómita, aumentando os problemas, não financeiros, mas de preocupação do seu modus vivendi. 

Sentia-se só. Precisava de algo muito forte para o acalmar. Foi ao escritório, abriu o cofre e tirou de lá um saco. De dentro tirou um saco de gomas e um caderno que dizia na capa “0 Problema do Caixeiro Viajante”.   
Peter descendia do matemático inglês Thomas Penyngton Kerkman, um dos primeiros a estudar este problema sem solução.  
Peter tinha interrompido a licenciatura em matemática por causa da fama onde era um aluno brilhante. 

Abriu o bloco e sorriu...  
     

2ª Parte por José Carlos Santos - Dia 6

 

Grande parte do caderno era formado por textos manuscritos de Thomas Kerkman relativos ao Problema do Caixeiro Viajante. Alguns tinham sido publicados, mas a maior parte, que continham ideias inconclusivas sobre como resolver o problema, permaneciam inéditos. O caderno tinha permanecido na posse da família e vários descendentes de Thomas Kerkman tinham acrescentado observações. O próprio Peter Michael fizera isso. 
O cansaço apoderou-se rapidamente dele. Isso deixou-o irritado, pois gostava de planear cada dia na véspera e estava com dificuldade em concentrar-se. Tinha que ir a Nova Iorque, onde estava a trabalhar num filme, mas também tinha que marcar uma reunião com o seu agente e um produtor importante de Dallas, para além de ter outras tarefas. Começou a pensar em qual seria a maneira mais eficiente de fazer isso tudo, ou seja, a que o faria viajar menos. 
E, bruscamente, todo o cansaço desapareceu. Peter Michael ficou imóvel, com os olhos arregalados e o coração muito agitado. Parecia-lhe que tinha obtido maneira de resolver não só o seu problema como todos os problemas do mesmo género!


3ª Parte por  Filipe Oliveira- Dia 11

 

Rabiscou, ofegante, uma dúzia de páginas. Aplicou o seu método a um bom número de exemplos simples, em que a resolução pode ser facilmente obtida por métodos ad-hoc, e tudo parecia bater certo. Considerou então um exemplo em que todas as cidades a visitar pelo caixeiro viajante se encontravam alinhadas, todas com exceção de uma. Infelizmente, nesta situação, era bastante claro que o seu método falhava...preconizava uma ziguezaguear entre as diferentes localizações que era tudo menos optimal.

Largou as gomas e serviu- se de um whisky. Um Dalmore Single Hiland Malt Scotch, de 62 anos, cujo preço da garrafa ronda tradicionalmente os 55.000 dólares. É evidente que um rapaz de 21 anos não tem experiência suficiente para apreciar esta fineza da distilação e os leves e subtis aromas herdados do malte e do casco da pipa, mas Peter, com esta aventura no mundo do cinema, estava a ficar com a mania das grandezas. Levou o copo à boca e fez uma careta, como que desagradado.

Pensou na sua última conquista, Rosemary Lindon - uma ruiva sulfurosa do bairro de Hollywood Hills – e estabeleceu um paralelo com o problema do caixeiro viajante. Tudo parecia perfeito até um dado momento...


4ª Parte por José Veiga de Faria - Dia 16

 

5ª Parte  Sílvio Gama - Dia 21

 

6ª Parte por  Paulo Correia - Dia 26

   


 

Publicado/editado: 12/03/2014