Contos de 3º Grau por José Veiga de Faria - O Contacto...

3ª Parte de Contos de 3º Grau

O Contacto por José Veiga de Faria - 14º Episódio (3ª Parte)

Contos de 3º Grau

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Título: O Contacto...     

       

    

 

1ª Parte por José Carlos Santos - Dia 1

 

O casal entrou no restaurante Marítimo. Tinham ambos ar de ter pouco mais de trinta anos e estavam vestidos de maneira elegante e sóbria, a condizer com o local. Ele dirigiu-se a um empregado e disse que tinha uma mesa reservada em nome de David Ferreira. A mesa era para quatro pessoas e o empregado comentou que talvez preferissem uma só com dois lugares.  
— Não. — disse David Ferreira — Ainda estamos à espera de outra pessoa. Pode trazer-nos água, por favor?  
Assim que o empregado se afastou, cruzaram os olhares e ela disse:  
— Acho este local muito bem escolhido. Foi ideia sua?  
— Não, foi ideia do nosso contacto. Passei por aqui ontem a ver como era. Também achei bem e, por isso, concordei que o nosso encontro fosse aqui.  
— A hora marcada é daqui a dez minutos. Espero que ele não se atrase.  
— Clarou que não! — disse David — Ele já tem prática e sabe que darmos nas vistas é um erro grave.  
Mas ao fim de dez minutos ele continuava por aparecer. E ao fim de meia hora. E ao fim de uma hora.


2ª Parte por  Filipe Oliveira- Dia 6 

 

Era a sexta vez que não comparecia. Clara olhou para David com um ar algo perplexo. 
- Por que será que ele nos faz isto? - perguntou, revoltada. 
À cabeça de David vieram lembranças da primeira falta de comparência. Foi numa pequena adega da cidade de Pisa, em 1457. Estava tudo combinado ao detalhe, como hoje, mas a verdade é que ninguém veio. A vez seguinte, foi em Estocolmo, em 1602, nas minas de Bergslagen. A este sucederam-se encontros falhados em Pádua (1689), Rio de Janeiro (1743), Pequim (1808) e Camberra (1901). A esta lista junta-se agora Lisboa em 2014. 
- A situação começa a ser preocupante, Clara, não harmonizamos informação e procedimentos desde o século XII. A partir daqui é difícil prever o que vai acontecer. Por muito que nos custe, tempos de reportar este problema superiormente.  
Clara levou à boca um copo com o vinho que entretanto tinha chegado à mesa. 
-Que pena terem deixado de fabricar hidromel. Que saudades que tenho, é incompreensível essa bebida ter virtualmente desaparecido...

    

3ª Parte por José Veiga de Faria - Dia 11

 

David ligou o computador e abriu o ficheiro binário que o contacto tinha deixado no ano 3000 DC . Tinham decorrido dezenas de anos até que a Organização o conseguisse entender. 
O ficheiro só continha linguagem matemática mas tinha-se conseguido perceber a mensagem. O contacto vinha de uma galáxia muito distante (refere que a luz que nos chega dela foi emitida cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang) e deixava uma lista de datas e locais para encontros entre os quais um planeta específico na NGC4414. 
- Dá a entender que quer trocar dados civilizacionais e resultados científicos, disse Clara. E repare na facilidade com que se desloca no nosso tempo para a frente e para trás… 
- Será melhor aprontarmos a nossa “Lusa_Fireball_1640” e partirmos ao encontro deles? Num “highway”  favorável atinge, à vontade, um warp 9!
- Querem encomendar já ou ainda esperam, perguntou o empregado enquanto lançava um olhar curioso a um indivíduo com chapéu de abas muito largas, sentado no canto da sala, e cuja cara… Baaaa…parecia uma máscara!!!... 
Os olhos do empregado esbugalharam-se quando entreviu o estranho aranhiço que substituía as mãos. Clara reparou e olhou nessa direção. -Estamos feitos…, sussurrou quase sem fala.


4ª Parte  Sílvio Gama - Dia 16

 


5ª Parte por  Paulo Correia - Dia 21

 


6ª Parte por Carlos Marinho - Dia 26

   

FIM 


 

Publicado/editado: 11/04/2014