Alan Curtis Kay é um cientista de computadores norte-americano.
É mais conhecido por ter sido pioneiro no desenvolvimento de computadores pessoais, por ter criado os laptops, pelas invenções da agora omnipresente interface gráfica dos computadores de janela sobreposta (GUI) e pela moderna programação orientada a objetos que lhe valeu o Prémio Turing.
Trabalhou, juntando-se à equipa de investigadores de computadores, na Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) e no Palo Alto Research Center pertencente à companhia Xerox (Xerox PARC).
Alan Kay gosta de dizer que:
“No one owes more to his research community than I do.”
Na Apple, Atari, HP, Disney e agora nas suas próprias organizações sem fins lucrativos, Kay ajudou a aperfeiçoar as ferramentas muito antes de serem realizadas.
Um verdadeiro polímata, além de inventor, Kay combinou o brilhantismo da engenharia com o conhecimento do desenvolvimento infantil, epistemologia, biologia molecular e muito mais.
No seu trabalho misturou “as artes” (em jovem foi um músico de jazz profissional, até hoje é pianista de órgãos clássicos de tubos, envolveu-se no teatro e no design) e “as ciências” (que também são “artes”).
Alan Kay defende apaixonadamente que as pessoas devem ter uma ampla educação geral.
A inspiração para a sua investigação resulta do profundo interesse em desenvolver a aprendizagem e o pensamento das crianças.
Tem um bacharelato em Matemática e Biologia Molecular pela Universidade do Colorado e um mestrado em Ciência (1968) e um doutoramento em Ciência dos Computadores pela Universidade de Utah.
Entre os vários prémios e títulos honoríficos recebidos destacamos o Prémio Turing e Software Systems da ACM (2003), o Prémio Draper da Academia Nacional de Engenharia (2004) e o Prémio Kyoto (2004).
Kay é membro da American Academy of Arts and Sciences, da National Academy of Engineering, da National Association for the Advancement of Science, da Royal Society of Arts e do Computer History Museum.
Numa entrevista sobre a educação na América ao Davis Group Ltd., Kay refere:
“I had the misfortune or the fortune to learn how to read fluently starting about the age of three, so I had read maybe 150 books by the time I hit first grade, and I already knew the teachers were lying to me.”
Kay continua a lutar para criar a máquina que não apenas recapitule os padrões do mundo como o conhecemos, mas que ensinará crianças e adultos a pensar e a ver o que está para além deles.
Deixamos o vídeo onde Alan Kay apresenta ao público TED a palestra “A powerful idea about teaching ideas”. Não perca!
Fonte: https://www.ted.com/speakers/alan_kay
http://arinaction.org/speakers/alan-kay/
https://vimeo.com/20673320
https://en.wikipedia.org/wiki/Alan_Kay#cite_note-4
Foto retirada de: http://cyborganthropology.com/wiki/images/e/e1/Alan-kay.jpg
Por Adília Marinho