Johannes Müller von Königsberg ou Regiomontano nasceu a 6 de Junho de 1436...

A Vida & Obra por Carlos Marinho

Johannes Müller von Königsberg nasceu a 6 de Junho de 1436. Também conhecido por Regiomontano (tradução latina do apelido alemão Königsberg) ou João de Monte Régio, foi um famoso matemático, astrólogo e cosmógrafo do século XV. As denominações Regiomontano ou Monte Régio derivam da sua cidade natal Königsberg que significam em alemão "Montanha do Rei". 

Regiomontano desde muito novo que demonstrava estar à frente do seu tempo com uma sabedoria acima da média, tratando-se de um pequeno génio para a época. Na ânsia de aprender sempre mais, aos 11 anos de idade matricula-se na universidade de Lípsia, três anos depois inscreve-se na universidade de Viena, famosa pelos seus densos e ricos currículos de Astronomia e Cosmologia. Aos 16 anos após um intenso trabalho completa o bacharelato mas teria de esperar até aos 21 anos para ver o fruto do seu trabalho ser oficializado uma vez que o regulamento da universidade impedia que os alunos pudessem obter a formação antes dessa idade.

Brilhante matemático, talvez o mais influente do século XV, em 1464 publicou De triangulis omnimodis, um notável tratado sobre trigonometria que marcou definitivamente o renascimento deste conteúdo matemática na Europa, que apenas seria impresso definitivamente na década seguinte, em 1533. Desenvolveu a parte mais conhecida da sua obra na cidade alemã de Nuremberga. 

É-lhe atribuída a invenção dos sinais "+" e "-", onde aparecem pela primeira vez num manuscrito de 1456.

Estudou nas universidades de Leipzig e Viena onde aprofundou os seus conhecimentos em matemática e astronomia. Em Roma estudou intensamente grego e filosofia, passando a traduzir livros científicos da antiguidade. De volta à Alemanha criou uma empresa de impressão e um observatório em Nuremberga, com o objectivo de promover a ciência e a literatura.

Um dos trabalhos onde Regiomontano se dedicou muito cedo foi o calendário. Em 1474 publicou a sua obra Kalendarium, que contém registos das fases da Lua e dos eclipses solares e lunares. A sua fama chegou ao Papa em 1475.

O Papa Sisto IV convidou-o para colaborar na reforma do calendário (reforma que só viria a concretizar-se um século mais tarde, em 1582). Foi convidado a permanecer em Roma, mas a sua contribuição para este objectivo não foi especial uma vez que morreu no ano seguinte, tinha apenas 40 anos de idade. Segundo uma lenda, terá sido sepultado no Panteão romano; outras fontes apontam para o Campo Santo dei Teutonici e dei Fiamminghi (o cemitério alemão e flamengo em Roma).  

Morreu a 6 de julho de 1476 repentinamente, aparentemente assassinado por envenenamento.

Por Carlos Marinho

Publicado/editado: 06/06/2018