(Di) Visões por Miguel Abreu

Eixos de Opinião janeiro de 2014

                  


Todos os meses, no dia 1, Miguel Abreu, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, escreve as suas "(Di)visões" sobre o mundo que o rodeia. Estes artigos poderão ter uma componente matemática, mas serão essencialmente uma opinião sobre os mais variados aspectos da sociedade: ciência, política, desporto, ensino entre outros assuntos.                 

 

 Miguel Abreu - Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática                  


(Di)Visões por Miguel Abreu

Artigo de janeiro de  2014

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Título: Stanford e a Rose Bowl


Cada temporada de futebol americano universitário termina com as chamadas "bowls" (taças), uma série de jogos que têm lugar no final de Dezembro e princípio de Janeiro, entre as equipas com melhores resultados nos 12 ou 13 jogos que cada uma faz entre o final de Agosto e o princípio de Dezembro. A Rose Bowl é a mais antiga e uma das mais importantes destas taças. Ocorre tradicionalmente no primeiro dia do ano, no estádio com o mesmo nome, Rose Bowl, em Pasadena no sul da California, com capacidade para quase 100.000 pessoas. Foi neste estádio que o Brasil ganhou a final do Campeonato do Mundo de Futebol de 1994. Hoje vai estar certamente esgotado para o jogo entre as equipas de futebol americano das universidades de Stanford e de Michigan State, na centésima edição da Rose Bowl.

Vou estar a torcer por Stanford. Foi lá que estudei e vivi durante 5 anos maravilhosos (1991 a 1996). Tenho muitas saudades de tudo: clima, campus, departamento de matemática, São Francisco, etc. Volto sempre que posso. 

Stanford é a única universidade americana que está sempre nas 5 melhores tanto ao nível académico (a par de Harvard, MIT, Princeton ou Yale) como desportivo. Atletas com ligação a Stanford ganharam 242 medalhas em Jogos Olímpicos, incluindo 12 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze nos jogos de 2012 em Londres. John McEnroe e Tiger Woods passaram por Stanford. O estádio de Stanford tinha capacidade para 85.000 espectadores e foi usado no Mundial de Futebol de 1994. Completamente demolido e reconstruído em 2005-06, tem agora capacidade para 50.000 espectadores e esgota com frequência quando lá joga a equipa de futebol americano da universidade (ver foto).

Conhecida como Stanford Cardinal, devido à cor do seu equipamento, a equipa obedece às regras que se aplicam à alta-competição universitário dos EUA. É formada apenas por atletas-estudantes da universidade, não remunerados mas podendo ter bolsas de estudo. Cada atleta só pode integrar a equipa no máximo 4 anos, o tempo usual para a obtenção de um grau académico. Qualquer falha no aproveitamento escolar implica suspensão da equipa até ficar resolvida. Só uma pequeníssima percentagem destes atletas-estudantes terá alguma hipótese de se tornar atleta profissional. Todos os outros tirarão "apenas" partido da oportunidade que tiveram para estudar numa das melhores universidades do mundo.

A equipa de futebol americano de Stanford está há quatro anos entre as melhores. Jogou e ganhou a Rose Bowl há um ano. Volta a jogá-la hoje. "Go Cardinal!"

Votos de Bom Ano 2014.




 
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Artigo "(Di) Visões" de Abril - "Exposições IMAGINARY em Portugal"


Artigo "(Di) Visões" de Março - "Prognósticos matemático-estatísticos"


Artigo "(Di) Visões" de Fevereiro - "Sobre o Ensino Básico"


Artigo "(Di) Visões" de Janeiro - "Breve Balanço Matemático de 2011"


Artigo "(Di) Visões" de Dezembro - "Matemática em Família"                 

 

Artigo "(Di) Visões" de Novembro - "Rankings das Escolas"                 

 

Artigo "(Di) Visões" de Outubro - "XXX Olimpíadas Portuguesas de Matemática"                 

                  

Artigo "(Di) Visões" de Setembro - "Arranque do Ano Lectivo"                 


Artigo "(Di) Visões" de julho - "Balanços"                 


Artigo "(Di) Visões" de junho - "Provas de Aferição e Exames nacionais"                 


Artigo "(Di) Visões" de maio - "Olímpiadas Portuguesas da Matemática"                 
Publicado/editado: 01/01/2014